O professor de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), doutor em Desenvolvimento Regional e Agronegócio, Nilton Marques, discorreu sobre o tema no canal YouTube, na última quinta-feira,3, e foi acompanhado por professores e estudantes de Economia do Tocantins e Maranhão.

Convidado pelo Instituto Federal do Maranhão o economista, que é membro do Conselho Regional de Economia do Tocantins (Corecon-TO), destacou que para entender um pouco o que é desenvolvimento e o que se pretende com ele, é necessário mudar o padrão mental, quebrar o paradigma que todos os setores de políticas públicas, atores econômicos e sociais, têm. “É preciso internalizar que todo processo de desenvolvimento passa por um novo olhar sobre como está inserido localmente, regionalmente e globalmente “, acrescentou.

Ao explicar como se deu a transformação socioeconômica na Amazônia, o economista disse que as mudanças levam tempo, não acontecem de imediato porque dependem de investimentos, do gestor público (executivo) e da vontade de atores locais para serem implementadas.

Nilton Marques afirmou que para haver melhoria na qualidade de vida e acesso a serviços públicos têm que ter crescimento econômico, pois é ele que puxa os demais setores para promover o desenvolvimento regional. “O desenvolvimento ganhou ponto nessa discussão após a segunda guerra mundial, onde principalmente as grandes economias europeias tiveram forte retração, levando os planos econômicos e perspectivas de melhora a olharem localmente como resolver e recuperar o atraso. Foi quando surgiram vários organismos como o Banco Mundial, BIRD, ONU, FMI e outros para dar sustentação à retomada do crescimento”, explicou.

No Brasil, disse o economista, o processo de desenvolvimento regional é recente, foi iniciado com a criação do Ministério do Desenvolvimento Regional, em 2007, e algumas políticas de redução das desigualdades regionais. Em seguida, surgiram o Fundo Constitucional do Norte (FNO), Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), incentivos e benefícios fiscais, Sudam e BASA.

Ao encerrar sua palestra, Nilton Marques disse que a Amazônia é vista atualmente como uma economia verde, com grandes recursos e todo mundo está de olho. E que é preciso buscar financiamentos de forma a atrair investidores e pesquisadores para torná-la sustentável ao longo do tempo, o que é benéfico para todo mundo.

link da palestra: https://www.youtube.com/live/SlZwU4vQXqo?feature=share

Assessoria de Imprensa Corecon-TO.